A beleza da língua portuguesa provém das suas raízes (latina, grega e árabe), da dicção do povo e da invenção dos poetas, os três factores fundamentais que hoje, tal como hontem, pretensos reformadores assassinam e desfiguram.
Não se estranhe, portanto, neste livro, como, aliás, em todos os nossos livros, grafias diferentes da que, erradamente, se tornou quase comum.
Guia-nos o critério biológico e estético de Teixeira de Pascoaes e, nele inspirado, algumas palavras, principais ou nucleares, escrevêmo-las com recurso à etymologia genética e tendo sempre em conta a sua conduta musical.
A ortografia é uma arte subtil (variável conforme o contexto), que complementa as artes da caligrafia e da leitura.
António Barahona, As Grandes Ondas,
Lisboa: Averno, 2013
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