quinta-feira, 19 de julho de 2012

ARTIGO NÃO REVOGADO



Os poetas, à semelhança dos cães celestes,
serão sempre identificados pelos dentes.

Ricardo Álvaro

segunda-feira, 16 de julho de 2012

CÃO ATÓMICO


1.

Este cão tem folhas nas orelhas,
Com quatro talos:
Mas o que este cão devia ter era calos,
E só tem olhos e osso
E morrinha num dente!
Mas, meu Deus, este cão
Quase o diria meu irmão:
Parece gente!


2.

Este cão é redondo. Está deitado,
Rosna com gengivas de uivo.
Dizem-me que foi lobo,
Mas perdeu a alcateia
Como os homens perderam a Razão,
Que hoje serve de osso ao cão
Escapo ao cogumelo nuclear,
E por essa razão se foi deitar.


27 de Maio de 1971



Vitorino Nemésio, "Cão Nuclear, Etc. e Bio-Poemas"
in Obras Completas Vol.II – Poesia, Lisboa: INCM, 1989


domingo, 15 de julho de 2012

Prémio Nacional de Poesia Diógenes



O prazo foi prolongado até dia 31 de Julho de 2012.



Cláudia Dias - Daniela Gomes - Diniz Conefrey - Isabel Baraona - José Feitor - Luís Henriques - Manuel Diogo - Maria João Worm

*

Manuel de Freitas - António Barahona - Paulo da Costa Domingos - Rosa Maria Martelo - Luís Miguel Queirós - Vasco Graça Moura - Silvina Rodrigues Lopes - João Barrento - António Guerreiro - Jorge Roque - José Miguel Silva - Mariana Pinto dos Santos - David Teles Pereira - Inês Dias - Diogo Vaz Pinto

terça-feira, 10 de julho de 2012