Otto Dix, "O vendedor de fósforos", 1920
sexta-feira, 28 de junho de 2013
segunda-feira, 24 de junho de 2013
MUSÉE DES BEAUX ARTS
About suffering they were never wrong,
The old Masters: how well they understood
Its human position: how it takes place
While someone else is eating or opening a window or just walking dully along;
How, when the aged are reverently, passionately waiting
For the miraculous birth, there always must be
Children who did not specially want it to happen, skating
On a pond at the edge of the wood:
They never forgot
That even the dreadful martyrdom must run its course
Anyhow in a corner, some untidy spot
Where the dogs go on with their doggy life and the torturer's horse
Scratches its innocent behind on a tree.
In Breughel's Icarus, for instance: how everything turns away
Quite leisurely from the disaster; the ploughman may
Have heard the splash, the forsaken cry,
But for him it was not an important failure; the sun shone
As it had to on the white legs disappearing into the green
Water, and the expensive delicate ship that must have seen
Something amazing, a boy falling out of the sky,
Had somewhere to get to and sailed calmly on.
W. H. AUDEN
sábado, 22 de junho de 2013
terça-feira, 11 de junho de 2013
ANA PAULA INÁCIO
são como serras
altivas de cabras
e nós a montá-las
a percorrê-las
eles de cães
cios armados
o gelo quebrado
as mãos retalhadas
a alegria do sangue
no chão das casas
onde o pão entra
a escassos bravos
o choro dos filhos
as plantas amargas
o olho vazo
dum cão atiçado
o desígnio do que vai morrer
in As Vinhas de Meu Pai
(2000)
quinta-feira, 6 de junho de 2013
LAIKA
Numa esfera de metal
Do melhor que possuímos
Gira dia após dia um cão morto
À roda da nossa terra
Como aviso
De que também ano após ano
Poderá um dia girar à roda do sol,
Carregado com uma humanidade morta,
O planeta terra
O melhor que possuímos.
Günter Kunert
[Aqui]
MÁRIO BOTAS
10.
Compõe-se a imagem do que sou, de um ser outro e distinto dos nomes que chamei à Morte, ao Destino ou à Vida, quando tenho de estar só, e sou o espelho onde a minha imagem se deflecte e entra a correr no Infinito.
Espera, imagem, não corras, deixa-me saborear a paisagem, deixa-me levar recordações, cabelos, a sombra pacífica de um cão que paira sempre a meu lado.
Deitado, podre, vão-me sair pelos olhos e pelo nariz os humores do esquecimento. Tu que me podias reconhecer, também tu me renegaste e partiste.
Animais que tive, e me não deixam sozinho, venham imitar o filósofo vosso mestre.
Queridos bichos sem imagem racional, acompanhem-me, ao menos vós, na claridão imensa da morte.
in Aventuras de um crâneo e outros textos,
Lisboa: Averno, 2013
Lisboa: Averno, 2013
quarta-feira, 5 de junho de 2013
PRÉMIO NACIONAL DE POESIA DIÓGENES - 2012
REGULAMENTO
1. O Prémio Nacional de Poesia Diógenes, instituído pela revista O Cão Celeste, destina-se a galardoar anualmente uma obra de autor português originalmente publicada em território nacional no ano anterior ao da divulgação do Prémio.
2. O valor pecuniário deste Prémio é de €1500,00 (mil e quinhentos euros).
3. A divulgação do regulamento é feita através da revista O Cão Celeste e do blog homónimo (ocaoceleste.blogspot.com).
4. Para apreciação do Júri, de cada livro concorrente editado em 2012 deverão ser enviados três exemplares, que não serão devolvidos, para a Rua Luís de Camões, 126, 1.º Direito, 1300-363 Lisboa, até ao dia 30 de Julho de 2013.
5. Cumpre à Direcção de O Cão Celeste eleger um Júri composto por três membros, que não poderão ser contemplados com este Prémio na condição de autores ou ter, enquanto editores, obras a concurso. Desses três membros, apenas um poderá voltar a integrar o Júri designado para o ano seguinte,
6. A deliberação do Júri assentará num critério de maioria simples.
7. O Prémio não será atribuído se o Júri decidir que nenhuma das obras a concurso o justifica.
8. Se o Júri assim o deliberar, o Prémio poderá ser atribuído ex aequo.
9. A deliberação do Júri não é passível de recurso.
10. O anúncio da obra premiada será feito assim que for conhecida a deliberação do Júri, nos mesmos órgãos em que foi divulgado o regulamento do Prémio Nacional de Poesia Diógenes.
11. A entrega do Prémio ao autor galardoado terá lugar numa cerimónia pública a definir oportunamente.
12. Os casos omissos neste regulamento serão apreciados e decididos pela Direcção da revista O Cão Celeste, cuja decisão será irrecorrível.
domingo, 2 de junho de 2013
sábado, 1 de junho de 2013
O lançamento do CÃO CELESTE # 3...
... será no próximo dia 14 de Junho (6ªf),
pelas 22h, no Paralelo W,
com apresentação de Rosa Maria Martelo.
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