"Em Portugal, e não só, esta novilíngua tem sido bastante eficaz a fissurar as relações entre os trabalhadores das entidades privadas e dos serviços públicos, e igualmente eficaz a gerar sentimentos de culpa entre os cidadãos, já que tudo o que se prende com serviços sociais do Estado tende a ser apresentado como um peso, um despesismo sem retorno (como se não tivesse relação com os impostos que pagamos). Neste contexto, flexibilidade é o conceito normalmente usado para conferir uma sugestão de dinamismo social e económico ao que não é senão precariedade nas relações laborais."
Rosa Maria Martelo
in Cão Celeste n.º4, Lisboa, Novembro de 2013
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