terça-feira, 2 de abril de 2013

António Barahona



XI

A humanidade não me importa muito, nem pouco, nem nada: o meu próximo, sim, importa-me tudo, na tentativa de nele amar o Todo. A humanidade é uma abstracção de políticos e filósofos ateus, nazis, comunistas, tecnocratas, etc., que pretendem transformar o mundo num campo de concentração global, povoado, na sua maioria, por uma espécie de canalha, dependente de máquinas (cada vez mais sofisticadas) e desligada do transcendente por incapacidade mental.
O meu próximo é concreto, como este texto que exprime, letra a letra, o espírito do que digo.
O Profeta Jesus (que a paz esteja com ele), o Sêlo da Santidade, quando multiplicou os peixes e os pães, mandou a multidão repartir-se em grupos; e, aos grupos, mandou que dividissem, entre si, a parte que lhes coubera para que, dentro de cada grupo, cada um partilhasse com o próximo.


- in As Grandes Ondas,
Lisboa: Averno, 2013



[Dinis Conefrey]

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